segunda-feira, 13 de abril de 2009

Quem tem medo da competência?

Por: Carlos Hilsdorf*

Existem coisas ultrajantes, inadmissíveis. Uma delas é a hipocrisia...

Como é possível num mundo empresarial que apregoa a meritocracia, o capital intelectual, as competências transformadas em resultados, que talentos brilhantes e raros no mercado sejam impedidos de realizar seu trabalho, sejam demitidos moralmente, boicotados e submetidos a ingerências das mais incompetentes e descabidas?

Há tempos atrás um amigo fora convidado para uma reunião que lhe propunha emprego em uma grande empresa. Mesmo tendo sido comprovadamente o mais competente dos indicados à vaga foi preterido frente a um outro com currículo infinitamente mais pobre e competências nitidamente não pertinentes ao cargo. Como isso é possível?

Foi considerado “over qualified”. Não pelas razões clássicas e plausíveis que conhecemos para o fato, como por exemplo, um profissional muito mais competente que o necessário para a função e salário, resultando em permanência curta em vista de novas oportunidades melhores no curto prazo. Este foi considerado “over qualified” porque era nitidamente superior ao responsável pela sua contratação. Sua inclusão na empresa fatalmente viria a revelar a incompetência, falhas e desatinos de seu superior imediato.

Em um outro caso, um competente profissional atuando na administração de uma empresa nacional, após ter saneado, reestruturado e planejado estrategicamente o futuro da empresa, com contribuições altamente significativas, foi gradualmente destituído de seu poder de decisão em uma forçosa tentativa de levá-lo a renúncia para que pudesse assumir o cargo pessoa ligada pela consangüinidade e não pertinente ao cargo, cuja competência na função será julgada pelo mercado.

Diante destas e muitas outras hipocrisias, eu pergunto: Quem tem medo da competência? Será possível que vamos perpetuar a presença de tartarugas em árvores? Explico-me: tartarugas não sobem em árvores... Se estiverem no alto é porque alguém as colocou lá!

Será possível que tamanha miopia possa ser contemporânea da época da globalização, da III Revolução Industrial, do genoma e da explosão dos MBAs, que sinalizam a vontade das pessoas em aprender e evoluir?

Quem tem medo da competência?

Justamente aqueles que não se reciclam, cujo nível de leitura é dos mais baixos da empresa. Excelentes em retórica, mas incapazes de obter resultados, não fosse pelas boas idéias, projetos e ações que apresentam como sendo de sua autoria quando na verdade partiram de um estagiário ou de uma excelente equipe que consegue resultados apesar de uma “chefia” (porque liderança passa longe) ineficaz.

Têm medo da competência os radicais, que se impõem pelo argumento da força e não pela força do argumento, não conseguindo provar seus pontos de vista diante da lucidez e da razão face a face.

Têm medo da competência aqueles que se escondem atrás de cargos que mantém por não contrariarem seus superiores, mesmo sabendo que eles estão equivocados.

Têm medo da competência as pessoas que neste momento estão entravando seu trabalho com objeções descabidas, superficiais e simplistas.

Mas você, meu amigo, se neste momento sofre este tipo de “terrorismo” não desanime, porque você não tem medo da competência, nem da sua nem da de seus pares porque compreende que a mediocridade foi a causa da quebra de algumas das maiores empresas norte-americanas da última década.

Aos que tem medo da competência, deixe que o próprio tempo responda através dos resultados que você mesmo, sem a ajuda deles irá construir.

Deixe sua competência falar e quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça...

O autor é considerado pelo mercado empresarial um dos melhores palestrantes do Brasil. Economista, Pós-Graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Palestrante do Congresso Mundial de Administração (Alemanha) e do Fórum Internacional de Administração (México). Autor do best seller Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero. Presença constante nos principais Congressos e Fóruns de Administração, RH, Liderança, Marketing e Vendas do país e da América Latina. Referência nacional em desenvolvimento humano.
Por: Aristides Faria

Seja qual for o segmento do mercado em que atuamos, naturalmente, todos têm algum tipo de lacuna curricular. São pontos cegos ou gaps sobre os quais temos de investir atenção a fim de sanar tais pontos fracos. O animador nisso é que alguns treinamentos, cursos e/ou leituras podem regular a situação. De qualquer forma, será necessário esforço, dedicação e superação de limites.

Há questões comportamentais a serem aperfeiçoadas, também. Nossa personalidade é o resultado da acumulação de experiências que vivemos ao longo de nossos primeiros anos de idade, principalmente. Ela continua a formar-se e moldar-se de acordo com as vivências quotidianas da vida adulta.

Neste cenário, surge a vida profissional, que é repleta de armadilhas, curvas sinuosas, decepções e traumas. Passagens negativas na vida corporativa, definitivamente, ocasionam duras marcas em nossa personalidade. Uma pessoa graduada em Turismo, por exemplo, que demora a conseguir uma colocação justa no mercado de trabalho ou vê diminutas perspectivas em abrir seu negócio, tão logo irá decepcionar-se com esta carreira e, até, arrepender-se de sua escolha.

É importante sublinhar, entretanto, que nossas carreiras têm muito mais chances de “dar certo”. Afinal, as perspectivas de alegrias são bem maiores do que os pesares de escolher uma trilha profissional. Problemas existirão sempre e isso, em verdade, é bom. A existência de limites e desafios é o que nos proporciona a oportunidade de superá-los e irmos além do esperado. O sentimento de missão cumprida, conquista, vitória e a satisfação em ver colegas que compartilham a rotina empresarial conosco vencendo juntos é sem preço.

Quando caminhamos por uma trilha na mata atlântica vamos sofrer com a umidade da mata, picadas de insetos e arranhões na pele. Assim como na rotina corporativa, teremos um preço a pagar. Os desafios na mata são, entretanto, incontroláveis e imprevisíveis.

O entendimento de “vitória” no ambiente natural é diferente. Não há sentido em cumprir uma missão sem que os demais colegas da equipe o façam conosco. O significado de superação é diferente daquele que conhecemos em nosso dia-a-dia empresarial. Na mata, o que mais importa são os meios e tudo o que acontece até chegarmos ao ponto máximo do desafio, que será naturalmente superado.

Aprendemos desde cedo a valorizar o resultado final, o clímax que um profissional atinge na carreira. A sociedade ignora os referidos gaps e a maneira como trilhamos nossa carreira profissional. O mercado tende a ignorar seus sonhos e sua satisfação pessoal em executar determinadas tarefas. O que importa é o retrato feito naquele momento de análise. A vida corporativa não é observada enquanto um vídeo. E isso é um problema, gera muitas frustrações por este mundo afora.

Atividades vivenciais ao ar livre ajudam a mudar esta compreensão e a perceber que os “meios” são tão (ou mais) importantes do que os fins, ainda mais quando há uma equipe em questão. Assim, passa a ser menos importante vencer limitações e a ser mais, a auto-percepção, a harmonia em nossos relacionamentos interpessoais, o autoconhecimento e a satisfação em estar com as pessoas que a própria natureza nos proporcionou.

Gostaria de experimentar essa nova perspectiva? Participe de uma atividade vivencial ao ar livre no litoral de São Paulo! Conheça aqui!

PUBLICAÇÃO SIMULTÂNEA NO BLOG [RH EM HOSPITALIDADE] E NO WEBSITE O OUTRO LADO DA NOTÍCIA.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Dez mandamentos contra a qualidade

Que ações poderemos tomar para corroer totalmente bases do Programa de Qualidade de uma empresa?

Esta pergunta foi formulada aos alunos de uma faculdade no Brasil, para alunos de pós-graduação em Qualidade e Produtividade.

As respostas são surpreendentes pela sua precisão e sensibilidade, os dez mandamentos para acabar com a qualidade. São preceitos que você não deve seguir de forma alguma se quiser realmente que sua empresa seja bem sucedida.

1 - Procure culpados para cada erro: A filosofia da Qualidade Total ensina justamente o contrário, ou seja quando ocorre um problema não existem culpados e sim causas que devem ser descobertas e eliminadas para que não voltem a ocorrer. Na maioria dos processos a causa principal dos problemas é a falta de treinamento ou a falta de padronização. Daí a ênfase nos programas de treinamento contínuo de todos os funcionários e na padronização dos processos como forma de evitar que o mesmo erro ocorra pela mesma causa.

2 - Demita sem pensar duas vezes: Muitas empresas associam Programas de Qualidade com demissão de funcionários. Empresas mal gerenciadas, que durante muitos anos foram submetidas a maus tratos e abusos, não melhoraram da noite para o dia simplesmente diminuindo a folha de pagamento. Em geral o problema é estrutural, baseado nos valores intrínsecos, nas intenções e na visão de futuro de seus dirigentes. Se tivessem sido bem administradas talvez não tivessem chegado a esta situação extrema, em que sua própria sobrevivência está ameaçada. A melhoria dos processos, a diminuição dos desperdícios e a procura de novos mercados e inovações são alternativas de melhoria de produtividade sem corte de pessoal.

3 - Pregue uma coisa e pratique outra: A incoerência entre aquilo que os gerentes dizem e o que fazem é veneno poderoso na destruição da credibilidade e do espírito de equipe. O mesmo se aplica ao tratamento diferenciado entre as pessoas segundo sua posição na hierarquia da empresa.

4 - Não surfe na onda da Qualidade. Ela é cara e passageira: Num contexto filosófico, pode se dizer que a qualidade sempre existiu, é intrínseca ao ser humano e explica a sua sobrevivência e auto-desenvolvimento. O universo seria sua melhor manifestação. Durante toda a história da humanidade, a qualidade esteve sempre presente, aflorando sob diversas formas. Qualidade fornece uma base racional para a unificação de três áreas da cultura humana ora desvinculadas: a Religião, as Artes e a Ciência. Todas se originam na Qualidade. Não se deve, portanto, entender o Método da Qualidade Total como algo novo e passageiro, um tipo de modismo. Além do mais, muitos resultados podem ser obtidos com pouco ou nenhum investimento, através da melhoria dos processos.

5 - Não perca tempo com a Qualidade. Deixe isso para seus subordinados: Esta é a mais importante das causas do insucesso dos programas de Qualidade Total em qualquer organização: A falta de comprometimento da direção. Se o dono da empresa (em todos os níveis gerenciais) não acreditar e não se envolver diretamente no processo, dificilmente serão obtidos resultados importantes. Neste caso, os funcionários e gerentes facilitadores da qualidade devem mostrar aos seus superiores as vantagens e os benefícios do processo.

6 - Não gaste dinheiro com Treinamento: A melhor forma de iniciar um processo de qualidade é através do treinamento. O treinamento é o maior segredo da indústria japonesa, pois foi através dele que conseguiram o seu formidável crescimento. A utilização intensiva do treinamento torna-se cada vez mais imprescindível devido às mudanças impressionantes nas áreas de comunicação, informação, informática e a Internet. Além do Treinamento Empresarial, é indispensável a melhoria de Qualidade do ensino formal , em todos os níveis. Os métodos de ensino estão totalmente defasados da realidade e das necessidades da sociedade.

7 - Não se preocupe com seus clientes. Você vem em primeiro lugar: As empresas existem para satisfazer as necessidades das pessoas. Se o seu produto ou serviço não atende a esta premissa básica da Qualidade Total, sua empresa está em perigo. Daí a importância da busca constante para identificar os desejos do cliente e avaliar seu nível de satisfação.

8 - Não perca tempo e dinheiro controlando processos: O Controle Estatístico do Processo é sem dúvida um dos grandes segredos da qualidade garantida e previsível: o conhecimento profundo e detalhado do processo. A atuação durante o processo evita o controle ao final deste, quando nada mais pode ser feito para evitar as anomalias.

9 - Defina Metas Impossíveis e Sem a Participação da Equipe: Este é outro segredo da indústria japonesa, a tomada de decisão com a participação de toda a equipe. O termo Total, na expressão Qualidade Total, significa, a participação de todos. As metas atingíveis talvez seja o maior motivador para as pessoas participar da definição, acompanhamento e execução das metas desafiadoras.

10 - Fique à deriva: Vá apenas onde o vento te levar: A melhor maneira de avaliar melhorias é através da medição, quem não mede está à deriva. Portanto, devemos traduzir as características de qualidade em itens de controle, itens numéricos que deverão ser sempre medidos.

Fonte!

Graffit | Viagens & Projetos Turísticos

Mapa-Mundi.com

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