Por: Carlos Hilsdorf*
Existem coisas ultrajantes, inadmissíveis. Uma delas é a hipocrisia...
Como é possível num mundo empresarial que apregoa a meritocracia, o capital intelectual, as competências transformadas em resultados, que talentos brilhantes e raros no mercado sejam impedidos de realizar seu trabalho, sejam demitidos moralmente, boicotados e submetidos a ingerências das mais incompetentes e descabidas?
Há tempos atrás um amigo fora convidado para uma reunião que lhe propunha emprego em uma grande empresa. Mesmo tendo sido comprovadamente o mais competente dos indicados à vaga foi preterido frente a um outro com currículo infinitamente mais pobre e competências nitidamente não pertinentes ao cargo. Como isso é possível?
Foi considerado “over qualified”. Não pelas razões clássicas e plausíveis que conhecemos para o fato, como por exemplo, um profissional muito mais competente que o necessário para a função e salário, resultando em permanência curta em vista de novas oportunidades melhores no curto prazo. Este foi considerado “over qualified” porque era nitidamente superior ao responsável pela sua contratação. Sua inclusão na empresa fatalmente viria a revelar a incompetência, falhas e desatinos de seu superior imediato.
Em um outro caso, um competente profissional atuando na administração de uma empresa nacional, após ter saneado, reestruturado e planejado estrategicamente o futuro da empresa, com contribuições altamente significativas, foi gradualmente destituído de seu poder de decisão em uma forçosa tentativa de levá-lo a renúncia para que pudesse assumir o cargo pessoa ligada pela consangüinidade e não pertinente ao cargo, cuja competência na função será julgada pelo mercado.
Diante destas e muitas outras hipocrisias, eu pergunto: Quem tem medo da competência? Será possível que vamos perpetuar a presença de tartarugas em árvores? Explico-me: tartarugas não sobem em árvores... Se estiverem no alto é porque alguém as colocou lá!
Será possível que tamanha miopia possa ser contemporânea da época da globalização, da III Revolução Industrial, do genoma e da explosão dos MBAs, que sinalizam a vontade das pessoas em aprender e evoluir?
Quem tem medo da competência?
Justamente aqueles que não se reciclam, cujo nível de leitura é dos mais baixos da empresa. Excelentes em retórica, mas incapazes de obter resultados, não fosse pelas boas idéias, projetos e ações que apresentam como sendo de sua autoria quando na verdade partiram de um estagiário ou de uma excelente equipe que consegue resultados apesar de uma “chefia” (porque liderança passa longe) ineficaz.
Têm medo da competência os radicais, que se impõem pelo argumento da força e não pela força do argumento, não conseguindo provar seus pontos de vista diante da lucidez e da razão face a face.
Têm medo da competência aqueles que se escondem atrás de cargos que mantém por não contrariarem seus superiores, mesmo sabendo que eles estão equivocados.
Têm medo da competência as pessoas que neste momento estão entravando seu trabalho com objeções descabidas, superficiais e simplistas.
Mas você, meu amigo, se neste momento sofre este tipo de “terrorismo” não desanime, porque você não tem medo da competência, nem da sua nem da de seus pares porque compreende que a mediocridade foi a causa da quebra de algumas das maiores empresas norte-americanas da última década.
Aos que tem medo da competência, deixe que o próprio tempo responda através dos resultados que você mesmo, sem a ajuda deles irá construir.
Deixe sua competência falar e quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça...
O autor é considerado pelo mercado empresarial um dos melhores palestrantes do Brasil. Economista, Pós-Graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Palestrante do Congresso Mundial de Administração (Alemanha) e do Fórum Internacional de Administração (México). Autor do best seller Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero. Presença constante nos principais Congressos e Fóruns de Administração, RH, Liderança, Marketing e Vendas do país e da América Latina. Referência nacional em desenvolvimento humano.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Por: Aristides Faria
Seja qual for o segmento do mercado em que atuamos, naturalmente, todos têm algum tipo de lacuna curricular. São pontos cegos ou gaps sobre os quais temos de investir atenção a fim de sanar tais pontos fracos. O animador nisso é que alguns treinamentos, cursos e/ou leituras podem regular a situação. De qualquer forma, será necessário esforço, dedicação e superação de limites.
Há questões comportamentais a serem aperfeiçoadas, também. Nossa personalidade é o resultado da acumulação de experiências que vivemos ao longo de nossos primeiros anos de idade, principalmente. Ela continua a formar-se e moldar-se de acordo com as vivências quotidianas da vida adulta.
Neste cenário, surge a vida profissional, que é repleta de armadilhas, curvas sinuosas, decepções e traumas. Passagens negativas na vida corporativa, definitivamente, ocasionam duras marcas em nossa personalidade. Uma pessoa graduada em Turismo, por exemplo, que demora a conseguir uma colocação justa no mercado de trabalho ou vê diminutas perspectivas em abrir seu negócio, tão logo irá decepcionar-se com esta carreira e, até, arrepender-se de sua escolha.
É importante sublinhar, entretanto, que nossas carreiras têm muito mais chances de “dar certo”. Afinal, as perspectivas de alegrias são bem maiores do que os pesares de escolher uma trilha profissional. Problemas existirão sempre e isso, em verdade, é bom. A existência de limites e desafios é o que nos proporciona a oportunidade de superá-los e irmos além do esperado. O sentimento de missão cumprida, conquista, vitória e a satisfação em ver colegas que compartilham a rotina empresarial conosco vencendo juntos é sem preço.
Quando caminhamos por uma trilha na mata atlântica vamos sofrer com a umidade da mata, picadas de insetos e arranhões na pele. Assim como na rotina corporativa, teremos um preço a pagar. Os desafios na mata são, entretanto, incontroláveis e imprevisíveis.
O entendimento de “vitória” no ambiente natural é diferente. Não há sentido em cumprir uma missão sem que os demais colegas da equipe o façam conosco. O significado de superação é diferente daquele que conhecemos em nosso dia-a-dia empresarial. Na mata, o que mais importa são os meios e tudo o que acontece até chegarmos ao ponto máximo do desafio, que será naturalmente superado.
Aprendemos desde cedo a valorizar o resultado final, o clímax que um profissional atinge na carreira. A sociedade ignora os referidos gaps e a maneira como trilhamos nossa carreira profissional. O mercado tende a ignorar seus sonhos e sua satisfação pessoal em executar determinadas tarefas. O que importa é o retrato feito naquele momento de análise. A vida corporativa não é observada enquanto um vídeo. E isso é um problema, gera muitas frustrações por este mundo afora.
Atividades vivenciais ao ar livre ajudam a mudar esta compreensão e a perceber que os “meios” são tão (ou mais) importantes do que os fins, ainda mais quando há uma equipe em questão. Assim, passa a ser menos importante vencer limitações e a ser mais, a auto-percepção, a harmonia em nossos relacionamentos interpessoais, o autoconhecimento e a satisfação em estar com as pessoas que a própria natureza nos proporcionou.
Gostaria de experimentar essa nova perspectiva? Participe de uma atividade vivencial ao ar livre no litoral de São Paulo! Conheça aqui!
PUBLICAÇÃO SIMULTÂNEA NO BLOG [RH EM HOSPITALIDADE] E NO WEBSITE O OUTRO LADO DA NOTÍCIA.
Seja qual for o segmento do mercado em que atuamos, naturalmente, todos têm algum tipo de lacuna curricular. São pontos cegos ou gaps sobre os quais temos de investir atenção a fim de sanar tais pontos fracos. O animador nisso é que alguns treinamentos, cursos e/ou leituras podem regular a situação. De qualquer forma, será necessário esforço, dedicação e superação de limites.
Há questões comportamentais a serem aperfeiçoadas, também. Nossa personalidade é o resultado da acumulação de experiências que vivemos ao longo de nossos primeiros anos de idade, principalmente. Ela continua a formar-se e moldar-se de acordo com as vivências quotidianas da vida adulta.
Neste cenário, surge a vida profissional, que é repleta de armadilhas, curvas sinuosas, decepções e traumas. Passagens negativas na vida corporativa, definitivamente, ocasionam duras marcas em nossa personalidade. Uma pessoa graduada em Turismo, por exemplo, que demora a conseguir uma colocação justa no mercado de trabalho ou vê diminutas perspectivas em abrir seu negócio, tão logo irá decepcionar-se com esta carreira e, até, arrepender-se de sua escolha.
É importante sublinhar, entretanto, que nossas carreiras têm muito mais chances de “dar certo”. Afinal, as perspectivas de alegrias são bem maiores do que os pesares de escolher uma trilha profissional. Problemas existirão sempre e isso, em verdade, é bom. A existência de limites e desafios é o que nos proporciona a oportunidade de superá-los e irmos além do esperado. O sentimento de missão cumprida, conquista, vitória e a satisfação em ver colegas que compartilham a rotina empresarial conosco vencendo juntos é sem preço.
Quando caminhamos por uma trilha na mata atlântica vamos sofrer com a umidade da mata, picadas de insetos e arranhões na pele. Assim como na rotina corporativa, teremos um preço a pagar. Os desafios na mata são, entretanto, incontroláveis e imprevisíveis.
O entendimento de “vitória” no ambiente natural é diferente. Não há sentido em cumprir uma missão sem que os demais colegas da equipe o façam conosco. O significado de superação é diferente daquele que conhecemos em nosso dia-a-dia empresarial. Na mata, o que mais importa são os meios e tudo o que acontece até chegarmos ao ponto máximo do desafio, que será naturalmente superado.
Aprendemos desde cedo a valorizar o resultado final, o clímax que um profissional atinge na carreira. A sociedade ignora os referidos gaps e a maneira como trilhamos nossa carreira profissional. O mercado tende a ignorar seus sonhos e sua satisfação pessoal em executar determinadas tarefas. O que importa é o retrato feito naquele momento de análise. A vida corporativa não é observada enquanto um vídeo. E isso é um problema, gera muitas frustrações por este mundo afora.
Atividades vivenciais ao ar livre ajudam a mudar esta compreensão e a perceber que os “meios” são tão (ou mais) importantes do que os fins, ainda mais quando há uma equipe em questão. Assim, passa a ser menos importante vencer limitações e a ser mais, a auto-percepção, a harmonia em nossos relacionamentos interpessoais, o autoconhecimento e a satisfação em estar com as pessoas que a própria natureza nos proporcionou.
Gostaria de experimentar essa nova perspectiva? Participe de uma atividade vivencial ao ar livre no litoral de São Paulo! Conheça aqui!
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