Em comemoração à data, durante todo o mês de junho o equipamento vai oferecer desconto às classes que participarem do “Projeto Museu do Mar na Escola”. Projeto em que, além de apresentar aos alunos uma visão geral dos principais grupos marinhos do País e de várias partes do mundo, profissionais de Biologia Marinha procuram despertar na meninada a reflexão sobre o urgente tema ambiental.
Em 1993 o estabelecimento ganhou como vizinho o “Museu Marítimo”, nascido do extinto Museu Histórico Naval de São Vicente. Por isso a promoção vai consistir num desconto para a visita aos dois equipamentos. “Hoje a entrada de cada museu custa R$ 10,00 e o pacote para os dois vale R$ 15,00. Como o Marítimo é mais recente, no mês de aniversário o ingresso SOMENTE PARA ESCOLAS será de R$ 5,00 por museu e R$ 10,00 para os dois”, informa Luiz Alonso, proprietário dos estabelecimentos.
..:: Maravilhas dos oceanos ::..
Das 400 espécies de tubarões existentes na face da Terra, 100 podem ser encontradas no Brasil. E dessas 100, exatamente 25 estão representadas no Museu do Mar. Acervo que rivaliza com mais de 12 mil conchas, expostas em vitrines ou acondicionadas em gavetas. Multiformes, multicoloridas, de pequenas dimensões ou gigantes - como as duas Tridacna Gigas de 119 Kg e 148 Kg - foram elas as responsáveis pela origem da valiosa obra, que se desenvolveu a partir de uma coleção dessas peças.
E como aniversário é tempo de novidade, (ou de presente???), no início do mês chegaram alguns peixes marinhos dos recifes de corais da Bahia. Com exceção do bodião amarelo, os nomes são, no mínimo, pitorescos: cirurgião azul, cardeal, anjo tricolor, anjo frade. Eles estão num aquário de 3 metros de comprimento, expostos com outras espécies do Oceano Atlântico. Ao lado, em outro aquário do mesmo tamanho encontram-se exemplares provenientes dos Oceanos Índico e Pacífico, em que se destacam o Peixe Palhaço Nemo e o Peixe Cirurgião Dori, espécies que serviram de inspiração ao filme "Procurando Nemo".
Já o Museu Marítimo registra, por meio de exemplares da arqueologia marinha, a história de vários naufrágios ocorridos na costa brasileira, desde o século XVII até hoje. São escafandros, louças, talheres, vidros de remédios e demais objetos resgatados de episódios navais brasileiros e estrangeiros, como Alemanha, Noruega, Inglaterra, Japão etc.
Uma das atrações mais interessantes é a réplica do navio alemão Windhuk (canto do vento), com 2 metros de comprimento. Lançado ao mar em outubro de 1936, comportava quase 800 pessoas, deslocava 16.662 toneladas e atingia a velocidade de 18 nós.
Conta a história que em outubro de 1939, quando retornava da África em sua 13ª viagem, para fugir de embarcações da Inglaterra que, a exemplo de muitos países, havia declarado guerra ao 3º Reich, o comandante do Windhuk resolveu rumar para a Argentina. Ao saber que havia uma batalha no Rio da Prata, a alternativa foi procurar o Brasil.
Todo o Atlântico Sul era patrulhado por cruzadores e destróieres ingleses. Como a imigração japonesa para o Brasil havia começado em 2008, a embarcação chegou ao porto de Santos camuflado com as cores, a bandeira japonesa e o nome de Santos Maru. Era o dia 07 de dezembro de 1939.A neutralidade do País permitiu que os tripulantes vivessem as delícias do litoral santista, com ajuda financeira do governo alemão. A situação mudou com o rompimento das relações do Brasil com a Alemanha. Em 29 de janeiro de 1942, o governo brasileiro confiscou o navio e transferiu os alemães para fazendas-prisões, onde ficaram até o término da guerra, em 1945.
Vários preferiram permanecer no Brasil. A maioria se casou e jamais voltou a residir na Alemanha. Poucos deles e muitos de seus descendentes ainda são encontrados em municípios paulistas. Em 1948, um dos ex-tripulantes fundou o Bar Windhuk, no bairro de Moema, em São Paulo. Hoje nas mãos de um antigo funcionário, o estabelecimento tornou-se restaurante, onde os ex-tripulantes se reúnem, ano após ano, em 7 de dezembro.
O Windhuk fez história. Ao ver que o Brasil o venderia para os Estados Unidos, em 1942, os ex-tripulantes encheram as máquinas de cimento, com medo de que os americanos copiassem a tecnologia do navio. Mas a embarcação foi totalmente recuperada. Em 1943 era lançada novamente ao mar e rebatizada de Lejeune, nome com que entrou para a reserva da Marinha norte-americana, em 1948.
..:: Serviço ::..
Visite o Museu do Mar
Rua República do Equador, 81.
CEP: 11.030-150, Santos (SP)
Tel: (13) 3261 4808