Pioneiro na área de eventos, quando nos anos 1980 montou umas das primeiras empresas do segmento em Santos, Luiz Dias Guimarães, hoje presidente do Santos e Região Convention & Visitors Bureau, comemora um mês a frente a entidade, e projeta um cenário altamente positivo para a região nos próximos anos.
Jornalista pós-graduado em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, Guimarães já foi secretário de Turismo de Santos entre 1998 e 2000, encabeçando projetos como o Disque-Tour, a linha Conheça Santos, e a criação do Bonde Turístico. Além disso, chefiou o gabinete do prefeito João Paulo Papa e hoje dá consultoria de comunicação e atua na revitalização da região do Valongo, no Centro Historico do município.
Abaixo o presidente do Bureau revela suas expectativas e metas para o mandato que se inicia.
- Quais as suas impressões neste primeiro mês a frente do Bureau ?
Estou convicto de que o Santos e Região CVB está muito bem estruturado e faz um trabalho bem consistente e eficaz.
- Como o sr. enxerga o atual cenário turístico na região, e quais as perspectivas para os próximos anos?
O cenário é altamente positivo. A hotelaria está se aprimorando e elevando a oferta de leitos, o setor gastronômico vive franca expansão e qualificação, a comunidade como um todo vem se conscientizando de que é necessário nos capacitarmos mais, os governos têm investido na qualificação de novos equipamentos e novas atrações e o fluxo de turistas de negócios e de cruzeiros marítimos cresce a olhos vistos.
- Quais ferramentas podem ser utilizadas para incrementar o turismo de eventos e negócios na região ?
Entendo que a principal ferramenta é o marketing. Temos que ser bem mais agressivos na captação de eventos e na divulgação para o turista de lazer. O turismo de negócios cresce na medida da expansão da atividade econômica na região (petróleo e porto, principalmente) e em função da disponibilidade de mais e melhores hotéis, o que já está acontecendo. No caso do turismo de lazer, além de sermos mais ousados na divulgação, precisamos dispor de tarifários e pacotes, pois de nada adianta ficarmos martelando apenas no institucional.
- Quais as principais metas e expectativas para o biênio de sua gestão ?
Atrair mais eventos, ousar mais na comunicação, apoiar ações de capacitação e fomentar a elaboração de tarifários e pacotes.
- O que a Copa do Mundo de Futebol de 2014 poderá trazer de benefício para Santos e região ?
Vai depender de alguns fatores: se teremos de fato navios hospedeiros aqui e se sediaremos alguma delegação. Todos os esforços devem ser feitos nesse sentido. Independentemente disso, temos que estar com as casas em ordem e estarmos preparados para receber turistas estrangeiros, com domínio de outros idiomas e serviços com padrão internacional.
- Qual a projeção para um futuro próximo no que diz respeito à hotelaria na região?
No caso de Santos, polo da região, estamos esperando a oferta de mais 1500 leitos nos próximos três anos.
- Que aspectos, no seu entendimento, dão esse caráter de unidade que a região mantém e que a projeta como um destino único ?
O fator primordial é a consciência de que nos completamos. Cada cidade possui suas peculiaridades e seus pontos fortes, que devem ser valorizados.
- Para finalizar, como podemos explorar a proximidade (e as facilidades de acesso e informação) com a maior metrópole da América Latina para atrair cada vez mais um número maior de turistas, seja a lazer ou negócios.
O principal é a região estar se aprimorando sempre em termos de infraestrutura. Entendo também fundamental reforçarmos nosso calendário anual com a produção de festivais e atrações capazes de seduzir paulistanos e moradores do interior. No caso de eventos, com a expansão da hotelaria, temos que fazer o mercado nacional (e até internacional) entender que somos uma alternativa para São Paulo. Com os rodoaneis melhoramos os acessos. Falta concretizarmos uma opção aeroviária.
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