Parques Nacionais, turismo e oportunidades de negócios e trabalho.
Por: Luciana Sagi, Segunda Secretaria da ABBTUR São Paulo.
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As atratividades geradas pela feira captam um número significativo de visitantes, de perfis variados, sejam praticantes de atividades esportivas, empresários, representantes de instituições públicas, estudantes, profissionais do setor. Especificamente para o Fórum, dados disponibilizados no website do evento apontam que há uma média de 100 a 150 participantes anualmente, totalizando cerca de 1000 participantes ao longo dos anos de sua existência.
Isso demonstra, juntamente com o volume de visitação da feira, sua consolidação e ampliação das atividades anualmente, a importância do turismo de aventura, turismo de natureza e ecoturismo no país. Em outras palavras, há uma boa demanda para este tipo de turismo.
Uma das coisas mais interessantes do Fórum foi a variedade de profissionais – com bastante experiência – que trouxeram ricas informações sobre suas atividades. Durante todo o sábado foram realizadas diversas apresentações por representantes de entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais. Aliado ao temo da Feira, os debates realizados focaram áreas naturais e sua relação com o turismo. Especificamente foi tratada a questão de Parques e ficou clara a importância de tais áreas para o turismo enquanto um atrativo diferencial – bem sucedido em muitos países (foram apresentados casos da Patagônia na Argentina – assim como a importância do turismo para os Parques, como forma de conservação e manutenção da biodiversidade.
Apesar de o Brasil ter um número grande de Parques Nacionais (64) e estar em tramitação a constituição de mais 35, apenas 21 dos parques existentes tem algum preparo para visitação e 12 deles têm efetivamente um fluxo relevante de visitação. O Governo Federal vem procurando incentivar o uso destas áreas para o turismo através do Programa de Uso Público e Ecoturismo em Parques Nacionais – Oportunidade de Negócios. A idéia é estrutura tais parques com a infra-estrutura adequada para visitação e utilizar a ferramenta de concessões para garantir a qualidade dos serviços e manutenção dos equipamentos, prática que vem sendo feita por outros países.
Atualmente os Parques Nacionais com maior visitação e estruturação são o Parque Nacional da Tijuca e o Parque Nacional do Iguaçu . No entanto, o potencial do Brasil é enorme. Há grande variedade de áreas, com possibilidades diferenciadas de atividades que podem incrementar ainda mais o turismo qualificado no país. Apesar de alguns ajustes ainda necessários – e são muitos – o Fórum deixou claro que há profissionais de calibre tentando realizar trabalhos no sentido de formatar e disponibilizar bons produtos sustentáveis para o turismo. E isto passa atualmente, principalmente pela questão política.
Além de existir uma pressão dentro dos próprios órgãos públicos como Ibama e Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade criado em 2007 vem tendo um papel extremamente importante neste processo, já que é um órgão destinado especificamente a atuar com as Unidades de Conservação do Brasil. Isto prova a relevância para o país das unidades, seja em termos de conservação da biodiversidade, de desenvolvimento econômico e social através de tais áreas – através de estudos ou visitação – envolvendo comunidades locais e contribuindo para o desenvolvimento de oportunidades de negócios.
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Na foto, Mário Mantovani, idealizador e executivo deste projeto!
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